OAXACA 

Depois de mais de 6 horas de viagem de carro, boa parte por estradas não muito amigáveis, chegamos na cidade já a noite e nos hospedamos num hotel bem confortável, também com piscina, academia, estacionamento e, perfeito, restaurante superbom. Jantamos e já fomos dormir. 

No dia seguinte aproveitamos a piscina de manhã e saímos pra passear Natasha: “A mamãe e a Natasha ficaram com muito frio e o Dimitri e o papai ficaram mergulhando.”

Comida

Aqui tem bem mais “moles”, em todo restaurante. E o famoso tamal enrolado tipo uma pamonha que vem sempre com o mole que é um molho feito de diversos chiles. Pedi no restaurante pra provar o mole e não gostei do cheiro, o sabor é ok, bem pouco picante, mas acabei desistindo de pedir. 

Tem o omelete oaxaqueño que vem com salva verde ou vermelha.. que pro café da manhã (horário que normalmente comemos omelete) é meio forte, mas as salsas são boas. 

Mas aqui a comida até se parece em algumas coisas com a do Brasil. Logo no primeiro dia almoçamos uma carne de porco com arroz, deliciosos. Depois porque estávamos de carro e com dificuldade em estacionar no centro histórico, acabamos achando um espaço chamado La Jicara, que além de oferecer restaurante, também tinha livraria, loja de artesanato e de produtos naturais, e o melhor, uma livraria para crianças, com brinquedos de montar. A comida era estilo natural, muitas opções de vegano. A salada era um sonho com queijo de cabra, nozes, azeitona, alface.. estava com saudades de comer uma boa salada, se bem que no hotel também estava ótima com espinafre, peras e também queijo de cabra… O queijo daqui é bem famoso também.

O queijo Oaxaca é conhecido por sua textura elástica e sabor suave e delicado. É o queijo normalmente usado pra fazer as quesadillas no Mexico. Um dia desses compramos um saquinho e comemos inteiro, nós achamos parecido com o nosso do Brasil de nozinho.

Mercado  Benito Juaréz 

Ficamos 1 hora escolhendo alejibres pros primos e avós, compramos também frutas pro lanche e aproveitei pra mostrar os inúmeros chiles que comemos no dia a dia por aqui, e o que fez o papai passar mal.

Paramos num lugar para tomar suco, feito ali na nossa frente com laranja, cenoura e mamão. Delicioso.

Vimos várias tendas vendendo umas pedrinhas e paramos pra entender se eram de comer. A senhora disse que não, que eram copal natural, mirra e outros incensos naturais. E nos explicou que por isso que todos aqui no México tem saúde e fortuna porque todos os dias acendem uma pedrinha dessas. Compramos, claro rs

Árvore de Tule por Natasha:

Vimos o Hulk de olhos brilhantes com luzes no caminho pra visitar a árvore maior do mundo. Acho que o tronco dela é tão grande porque ela tem 2 mil anos! ( e tem mesmo… Seu tronco tem 58 m de circunferência e 14 m de diâmetro. A sua altura é de 42 m)

Monte Alban por Natasha:

Fomos num mercado, bodega em espanhol, compramos iogurte e bananas que na hora do almoço deixamos numa sacola fora do carro para não esquentar e levaram embora. Sorte que a mamãe deixou uma banana dentro do carro e a noite pedimos iogurte no quarto do hotel e comemos com a banana e o cereal.

Eu toquei música com um instrumento de folhinha com um pauzinho que fazia um sonzinho “vuvuvuvuvu” e cantei “lararararara”. Dimitri estava fazendo uma bolinha de terra até ela acabar.

Colocamos um monte de pedrinha numa pirâmide pra ser a nossa mesinha e tomamos leite na garrafinha de água. 

A coisa mais legal que eu gostei foi o esqueleto no museu. Era uma menina que morreu uns 2mil anos atras. Hoje ela é bem mais velha que o papai. Vimos algumas cabeças de caveira com dentinhos.  

Eu e o Dimitri brincamos de um cachorro que era malvado , corria atras da gente enquanto a gente corria na frente e ele não conseguia alcançar e fizemos um mapa.

Hierve el agua

Na sequência de passeios de natureza e sítios arqueológicos fomos visitar Hierve el Agua. Nossa expectativa é que seriam diversas piscinas naturais com águas quentes, no alto das montanhas com a vista tipo borda infinita de uma cachoeira de calcário. 

Vamos a realidade. Como chegar. Estamos de carro alugado, mas mesmo assim o caminho é longo, aproximadamente 1 hora e meia para chegar. Mas em comparação com o caminho que fizemos de VeraCruz até Oaxaca onde só se viam campos secos ao redor, aqui o caminho é extremante montanhoso e muito bonito, é um misto de viajar pelas chapadas no Brasil e Serra da Canastra. Por muitos quilômetros subimos uma serra, parte totalmente sem vegetação com poucos cactos e outras plantas de seca e outra parte com vegetação, bem parecido com nosso cerrado. 

Chegamos com um calor absurdo, perto do meio-dia. Tudo muito seco e sem quase nenhuma sombra e do alto vimos uma única piscina natural lotada. Arrepiamos rs

Olhamos por outra vista e vimos uma outra vazia, não tão bonita com a cor azul clarinha, claramente “feita pelo homem”, mas ainda assim era uma piscina no meio das montanhas e com a borda infinita. Desconfiamos um pouco se estava limpa antes de entrar, mas logo nos convencemos que valia a pena. Como não dava pé para as crianças, após nadar um pouco, preferimos ir ver a outra piscina. E agora refrescados, a experiência foi bem melhor.

Realmente essa piscina natural no meio do nada, nessa cor, com essa vista é um presente lindo da natureza e temos sorte pelo privilégio de ali estar. Fizemos muitas fotos, as crianças brincaram muito, enfim valeu a pena. 

O perrengue além do calorão foi também que saímos com pouco dinheiro e pouca gasolina. Daí por sorte vendia gasolina por galão, mas lá se foi nosso $. Só deu pra entrar na Hierve el agua (70 por pessoa – Natasha não paga – até 6 anos) e compramos umas bananas.

Mas daí na volta, ao passarmos em Mitla, já eram 4 da tarde, só tinha 1 restaurante aberto que não aceitava cartão e o sítio arqueológico já estava fechado. 

Voltamos pra Oaxaca e para não arriscar jantamos novamente na La Jicara e de novo as crianças se divertiram com os livros.

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