Feriado em Capitólio com as crianças – e um pouco sobre a Serra da Canastra – Nov/23

Pra variar decidimos viajar um dia antes do feriado e considerando os critérios de clima bom e fugir de aglomerações, decidimos ir pra Serra da Canastra. 

Por várias vezes visitamos Delfinópolis em nossa “fase” 4×4. Passeios de dia inteiro rodando a serra esburacada, com destaque para o acidente em que caímos num buracão no meio do nada e que por sorte surgiu mais um aventureiro que nos resgatou.  Nesse roteiro 4×4 de Delfinópolis, subimos o caminho do céu algumas vezes até que um dia finalmente chegamos na tão famosa e desejada pousada e restaurante da Vanda. Logo percebi que o local funciona mais como um ponto de encontro no meio do nada para o pessoal de moto e 4×4. A comida é ok porém as moscas bem impertinentes e por isso não me pareceu uma grande recompensa pra quem passou no trajeto de ida e volta praticamente 8 horas no carro.

Mas o que compensa de fato é a sensação de estar ali, numa paisagem esquecida, apagada, nublada de tanta poeira, onde ao longe se avista morros e a imensidão misturada com a sensação de medo, justamente do nada, do esquecimento, de assim como aquela vegetação ficar esquecido ali.

Nossa intenção por algumas vezes foi visitar a Serra da Canastra pela cidade São Roque de Minas porém em todas as oportunidades, acabamos não indo, sendo que a última foi quando estava grávida do Dimitri e passei super mal, não podia comer nada, resolvi tomar um chá de canela e quando a dona do restaurante soube que eu estava grávida, simplesmente me proibiu.

Nesse feriado de finados com 4 dias, buscamos as crianças na quarta-feira às 12:00 e saímos direto rumo à São Roque. Dormimos em Perdões, que surpreendeu com uma opção de casa airnbnb bem equipada e localizada. Jantamos bem no restaurante Mirante – estação gastronômica, e as crianças brincaram muito no parquinho ao lado da casa.

No dia seguinte fomos sentido a São Roque, mas por qualquer razão resolvemos dar uma passada em Capitólio, e de lá não saímos mais. Muitas opções de restaurante, porém a maioria abertas apenas a noite, então comemos no restaurante central, por quilo. Estava bom e barato, 30 por adulto e 15 pra cada criança. De lá ficamos a tarde toda brincando na prainha que tem perto do centro. Somente nós ali, ainda pegamos um pedalinho, nos divertimos bastante. E então começamos a busca por hotel, acabamos escolhendo pelo horário uma opção mais simples, apenas um bom quarto para dormir, e bem próximo à represa, Lara’s hotel. Ao lado tinha um complexo de beach tennis, jogamos e treinamos vôlei. Dimitri saiu até com elogio das atletas de que tem futuro.

Jantamos pizza, que já com a cidade mais cheia, demorou um pouco, mas nada que não tivesse lugar pra sentar, ou que demorasse mais do que o tolerável. Comemos bem.

No dia seguinte a dona do hotel nos convenceu a fazer o passeio de barco, realmente imperdível. Como o Dimitri acordou com torcicolo fizemos o passeio a tarde. Foi muito especial cada parada bem como cada manobra radical na lancha feita pelo marinheiro pra arrancar risadas das crianças.

Comemos bastante, pois cada parada tinham coisas diferentes pra apreciarmos, desde espetinhos, tortinhas, sorvetes… e também na saída do passeio nos ofereceram um isopor onde colocamos varias bebidas e que acabamos consumindo durante o caminho.

O passeio que era de 3 horas durou 5. Um americano ou europeu talvez tivesse se indignado. Pra nós brasileiros – e foi unânime para os 7 tripulantes do barco-  isso foi muito bom negócio rs

Impressionante a variação do clima durantes essas 5 horas. Muito calor a ponto de queimar no sol, muito frio a ponto de tremermos depois de nos molhar e pegar aquele vento na lancha.. Já as crianças, tudo certo, nadaram em todas as paradas, viram peixinhos, cantaram, pularam e gargalharam muito no clima do pessoal que nos acompanhou no passeio.

Muito se falou sobre o que faziam antes do acidente que ocorreu mais de 1 ano atras na cânions  que despencou em cima de um barco matando varias pessoas. É nítido que o turismo sofreu as consequências do acidente , mas que superaram com diversas medidas de segurança como evitar áreas com maior risco, uso de capacete, colete, além de muita orientação.

No dia seguinte fomos no parque mirante dos cânions e novamente o que se sente é muita segurança e um turismo de muita qualidade, e na minha opinião, bem acessível. Pra entarr no parque pra certamente curtir um dia inteiro, você paga 80 reais. Já o passeio de barco custou 100 pelas 5 horas.

No Parque do mirante, além de 2 mirantes fabulosos, eles ainda oferecem uma tirolesa espetacular, que não tivemos coragem de ir – afinal você cruza os cânions a mais de 100m de altura por 600 metros de extensão… Coloquei a culpa na idade das crianças – mesmo que pudessem ir com a gente, e encerrei a questão. Mas sem dúvidas, uma super aventura, que deveríamos fazer um dia, se tivermos coragem!

Além disso, as trilhas possuem esculturas dos bichinhos locais como tamanduá, tatu e outros, portanto muitas paradas para fotos, além da paisagem exuberante com os cânions e represa. O melhor pras crianças foi nadar nas piscinas naturais.. um espaço bem organizado e lindo, que desafia a coordenação, a força e a coragem dos pequenos. Adoraram também atravessar a ponte pênsil e caminhas pelas trilhas : uma de 500m e outra de 600m. Com 5 e 7 anos, as crianças caminharam tranquilamente.

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