Quando o Dimitri era recém nascido (ha 9 anos!) fiz um post detalhado sobre a cidade, restaurantes e cachoeiras. Esse aqui escrevi quando ele tinha 5 anos e por qualquer razão não foi publicado. Foi escrito no contexto da pandemia, quando eu e minha irma viemos com nossas famílias para uma linda temporada, inesquecível.

Cachoeiras ideais :
Abade e Araras são muito boas. A trilha da Abade é muito tranquila e a Araras nem isso tem. As mesinhas do restaurante estão bem enfrente à cachoeira. Ambas possuem parquinhos ideiais para crianças pequenas, além de opções para comer.
Não recomendo a Rosário (que eu adoro mas não é seguro pra bebes além do restaurante estar fechado) e Dragões…
A Paraíso , apesar de fazerem bastante propaganda que é boa para crianças, não concordamos, em especial para bebês… tem um poço que é muito perigoso, sem nenhuma proteção nas partes elevadas, apenas uma corda que tem um efeito até mesmo contrário porque as crianças querem se pendurar. O próprio poço não tem uma “prainha” e é bem fundo. Acabamos ficando na “piscina natural” que é tipo um riacho. Ali foi bem gostoso mas ao contrário da cachoeira que bate muito sol, aqui é totalmente fechado e por isso, bem frio. As crianças brincaram de pegar peixinho com potinhos, atravessaram o riacho, subiram as pedras, jogaram muita pedra, enfim, se divertiram. O ponto alto no entanto desse passeio foi o gira gira de aguar plantas que eles tinham funcionando rs O parquinho achamos muito perigoso para os pequenos, uma casinha bem alta e escorregador também. Eles subiram mas deram trabalho para descer, exceto o Dimitri com 5 anos.
Passeio 4×4
Saímos de Pirenópolis sentido a cachoeira do Abade. Entramos no Parque Estadual dos Pireneus. O acesso durante a semana estava bloqueado, porém os guardas ambientais liberaram a passagem e no sábado quando voltamos o acesso estava livre.



A vegetação me encanta por seus contrastes. Terra seca, dura, cortada por riachos e nascentes d’agua. Plantas espinhentas, contorcidas, com seus frutos e flores delicadas. As formações rochosas cobrem o horizonte, extensas e belas.
Trilha do Pico dos Pireneus.
Paramos ao final dessa trilha e fizemos um piquenique. Dimitri já companheiro de escalada, subiu comigo a “montanha de pedras”. Eu queria ir numa parte da montanha que tinha a vista para a cidade de Cocalzinho. Me debrucei de uma pedra para a outra sobre uma fenda e ali fiquei esticada sem ter muita alternativa de saída. Dimitri percebeu que estava em apuros, eu pedi ajuda, ele segurou minha mão e me puxou com força. Caímos ambos no chão (à salvo) quando percebi que estava completamente coberta de carrapichos. De novo, Dimitri me “salvou” me ajudando a arrancar um por um e jogando cada um no precipício. Retornamos animados para o carro sem mais incidentes e, quando sentei no carro, senti mais um carrapicho bem nas minhas costas. Dei um pulo, achei o danado, puxei e joguei pela janela. Contei depois para a Natasha o ocorrido e sempre ao terminar ouvia.. de novo FOTO SUBINDO A PEDRA
Recordamos também a Casa da Imaginação cantando ..”tango, tango, tango morena, é de carrapicho…e a escolhida pelo Dimitri foi a Julia.. ”
Retornamos para a estrada que liga Pirenópolis até Cocalzinho. Entramos numa estrada de trilha de moto e chagamos no famoso “buracão”. Apelido dado pelas crianças a um corte na estrada feito por uma veia d’água.

Enquanto os papais analisavam a melhor maneira de passagem dos carros, nós fomos explorar a nascente da água. A caminhada curta nos lembrou que a terra ali é mais inóspita do que parece. Muitos galhos, plantas rasteiras, espinhentos que deixaram lembranças em forma de muitos riscos nas nossas pernas. Ou seja, roupinhas de cachoeira para esse passeio, não foram aprovadas. Valeria na próxima estar com tênis (e não chinelos), e calça. Afinal de contas, desbravar esse terreno é uma baita aventura e dá para fazer sem machucar!
Voltamos correndo com o chamado de que a travessia ia acontecer. Sucesso! E seguimos para o próximo desafio… a Piscina de lama!
Um trecho de 5 metros na estrada estava claramento bem molhado mas ali não eram pedras e sim lama, preta… O carro atolou! Para o desespero das crianças… para os bebês que nessa altura já tinham fome e sono e para o Dimitri que ficou muiiito preocupado. Após dezenas de tentativas e depois de muitas pedras, cavação, aperta botão especial de lama, etc, saímos da lama rs.
E foi muito lindo esse momento pois o carro “atropelou” um pequeno arbusto e, como se uma criança tivesse assoprado uma flor de dente de leão, flutuou dentro do carro delicadas pétalas de flor. Comemorei, mas ainda precisei tranquilizar as crianças, que sentiram medo e ainda estavam inseguras. Foi ótima oportunidade de ensinar que os adultos estão no comando e que não precisam se preocupar.
Depois disso ainda seguimos a estrada até que ela simplesmente acabou. E, nesse caso, tivemos que encarar novamente tanto a piscina de lama quanto o buracão. Dessa vez foi o carro do tio que atolou.
Para finalizar a aventura, atravessamos um rio que a água encharcou até o capô do carro. Ótimo para tirar a lama preta que cobria boa parte do veículo.. mas não tào boa ideia já que na segunda travessia, a placa do carro se perdeu…
Com fome e cansados, já as 13:30 chegamos em casa. Por sorte a Leide (contratada para limpar e cozinhar na casa) já estava com tudo pronto para o almoço, merecido …
Onde ficamos
Dessa vez optamos por alugar uma casa que já ficamos quando o Dimitri era bebezinho. Fica bem próxima ao centro histórico e é bem equipada e confortável. Ficando em casa, contratamos uma pessoa para nos ajudar a limpar e cozinhar, e assim dedicarmos mais tempo às crianças. Ela foi ótima, preparou o café da manhã e fez churrasco todos os dias. Sempre sobrando algo pro jantar. Isso evitou que saíssemos para comer com os pequenos e aproveitávamos depois que eles dormiam para ir jantar, comer sobremesa ou mesmo apenas passear. Para isso chamamos sempre uma “babá” que na verdade ficava na casa para caso alguém acordasse, mas isso nunca aconteceu.













Onde comemos (adultos):
Café Pireneus, na frente da praça onde acontece a feira de artesanato subindo a rua do lazer, é sempre gostoso, em especial a noite.
Maiale, restaurante considerado um dos melhores da cidade, na rua do lazer, fomos numa quinta, serviço fraco e a comida ok, mas cara.
Onde comemos (adultos + crianças)
Encontro Marcado: Cômodo e seguro pois fica na rua do lazer que não passa carros com parquinho dentro/ no fundo do restaurante é ótimo e a panelinha para 2 dá para a galera toda
Observatório, principalmente antes de acharmos a Leide e termos comida em casa. Comida boa e preço bom também. Além de o lugar ter uma vista linda, em especial durante o dia. Como sempre faz muito calor, enquanto a comida é preparada descemos com as crianças para brincar no rio.
Boca do Forno pizzaria: Agrada a todos: pizza forno a lenha e parquinho para as crianças
