Viemos pela estrada vinda de Primavera do Leste. Ela é repleta de plantações e a que mais nos chama atenção é a de algodão que parece uma vasta área nevada.


Por todo o cerrado nos deslumbramos com muitos ipês-amarelos que se destacam no meio da paisagem seca e sem cor. Como eu adoro ipê, durante toda a viagem quando avistávamos um, virava a atração e alegria das crianças.

Outra bem curiosa é a de milho, quilômetros de plantação completamente seca que inicialmente achávamos que era safra perdida mas depois de viajarmos tanto e vermos muitas dessas, por fim aqui no MT, vimos a colheita desses milhos, que finalmente descobrimos, são utilizados para ração.
São campos sem fim. Bonito de ver e certamente esses campos refletem as cidades ricas e bem cuidadas por onde passamos na região.

CACHOEIRA DA MARTINHA
Chegamos num horário infeliz: o da fome das porvinhas! Fomos devorados em poucos segundos e ao perceber saímos correndo com vontade de nunca mais parar pra não sermos picados novamente. Criamos músicas e gestos pra crianças se defenderem e la fomos nós. Logo também nos tranquilizamos ao sentir que o repelente estava cumprindo seu dever rs
Já na entrada se vê o rio e se escuta a cachoeira mas nem paramos muito pra olhar pois tinham algumas pessoas acampadas ali. Seguimos descendo até chegarmos na “prainha” , porém somando os mosquitos com a sujeira do local, não nos animamos a nadar.
É para se refletir mesmo ver uma cachoeira tão linda, assim tão suja. Será que a natureza só é preservada se houver alguém cobrando pra levar o lixo embora? Lamentável..



Seguimos caminho rumo a cidade de Chapada e paramos na hora certa e por sorte neste mirante. Acompanhamos um por do sol lindo e aproveitamos pra fazer um 4×4 nas alturas.



A CIDADE DE CHAPADA
Mais desenvolvida/ urbanizada do que imaginava para os seus apenas 20 mil habitantes. Quase 10% das casas são de veraneio e todo fim de semana a cidade recebe quatro mil pessoas, muitas vindas da capital Cuiabá que fica a pouco mais de 1 hora de viagem da Chapada.
Dormimos num hotel bem gostoso e confortável. Pagamos um preço ótimo de 200 reais pois o banheiro era compartilhado com outros 2 quartos. Foi bem tranquilo e valeu super.


Bem na frente tinha um boteco onde jantamos nosso prato favorito do MT: ventrecha de pacu

AROE JARI – Lagoa Azul
Recebemos várias indicações para visitarmos esse lugar. As crianças obviamente adoraram , e o que elas mais gostaram foi o ônibus rs

Em resumo a trilha inclui duas cavernas, uma cascata que não pudemos nadar porque não daria tempo (e depois teríamos que repor o repelente já que o local é impossível de tantos mosquitos), duas pontes que balançam sucesso pra crianças e finalmente a lagoa azul. Quando chegamos perto das 15 tinham várias pessoas ali esperando bater o sol que deixa a água ainda mais azul, o que não aconteceu nesse dia. Foi decepcionante pros adultos a falta do sol e pras crianças o fato de não poder nadar, mas valeu porque a lagoa era linda mesmo e claro, fotografar é preciso…dessa vez ao invés de xissss , o sorriso é de pequiiii, em homenagem ao cerrado.








REFLEXÃO
Penso que duas coisas principais me incomodaram nesse passeio, sendo que a primeira se amenizaria se não fosse a segunda. Primeiramente, me incomodou o custo do passeio que durou das 13 às 15:30. Vamos lá: é cobrado R$170,00 para visitação, com almoço que custava 30 reais. ..até aí, caro mas ok. Só que além disso, pagamos para uma guia o valor de R$180,00. Ou seja, total R$350. O Mauricio se negou a pagar e aproveitou para trabalhar. Portanto, esse valor de R$350,00 apenas pra mim e pra crianças.. Agora o segundo ponto, a guia era muito despreparada, não agregou absolutamente em nada. Zero mesmo. A trilha era bem tranquila e se investissem minimamente em sinalização qualquer um poderia fazer sem guia. Ou poderiam até manter a guia mas ela deveria ser muito melhor treinada. Poderia falar sobre cultura local, vegetação, geologia etc. Ao contrário, além de não trazer nada, ainda colocava medo nas crianças falando que tem aranha, cobra, que vai cair etc etc
As cavernas são super legais pra visitar com as crianças, mas de novo, com uma guia que fala não pra tudo e não deixa a gente curtir o local, fica mais difícil.
Realmente como saímos as 13:00 sobrou pouco tempo para a trilha toda que tem mais de 2km. Como o tempo do transporte leva quase 1 hora ida e volta., sobra 1 hora e meia pra trilha e com criança pequena realmente fica corrido. Para ir com crianças recomendo sair ou às 9 ou as 11 para aproveitar mais e com calma ou ir nessa pegada mais rápida mesmo porque eles nem sentiram. Mas se pensar, até isso poderia ser revisto, se vamos ficar apenas 2 horas com a guia, então o valor não deveria ser os mesmos R$180,00..

Oii! muito legal o post e sua viagem! como foi a questão do pet? pode levar ele nas trilhas ou ele ficou na pousada?
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