Fev/17
Depois de nossa recente experiência pro Sul, em que queríamos chegar em Buenos Aires, porém devido ao ritmo de viagem viável com bebê acabamos desistindo em Criciúma, eu e o Mauricio concordamos em nos dividir. Ele e a Zuppy foram de carro até Teresina e eu e o Dimitri os encontramos na cidade, viajando de avião. Foram 3 dias até ele chegar lá. Pra garantir que ele não chegaria depois, esperamos sua chegada pra comprarmos nossa passagem para o dia seguinte mesmo.
Já na manhã da nossa ida organizei a mala com minhas roupas e do Dimitri, organizei minha mochila com 1 livro meu e 2 dele, computador e brinquedos. Selecionei a girafa, um mordedor já que ele esta bem enjoado e pode ser o dente e o chocalho de elefantinho. Alem disso organizei a bolsa dele com o de sempre, um pouco mais carregado de fraldas já que ficaríamos fora por muitas horas.
Chamamos um uber que nos levou de Jundiai a Guarulhos, por R$150,00. No aeroporto correu tudo tranquilo no check in da Gol. Fui pro embarque do jeito que cheguei, ou seja, nao despachei nenhuma mala. Estava com a mochila, a bolsa do bebê, uma mala pequena de empurrar e o Dimitri no carrinho. Diferentemente de nossas duas experiências anteriores em viagens internacionais, voos domésticos nao cobram taxa para crianças até 2 anos, e assim como nos internacionais, viajam também no colo.
O mais complicado de viajar sozinha foi passar no raio x, com toda essa bagagem, tendo que tirar as rodas do carrinho, o computador, e muita atenção pra não esquecer nada. Uma funcionária do aeroporto, da própria segurança ajudou passando com o Dimitri e o segurou até eu estar pronta de novo!
No embarque peguei a fila preferencial, que estava enorme por sinal. Muita criança e idoso nesse vôo! Separei os brinquedos dele, guardei a mala e mochila no compartimento superior. E deixei ele ir “pegando” tudo que queria, saciando a sua curiosidade enorme. Dei sorte porque ficamos com 2 assentos e logo na nossa frente tinha um casal naquele espaço enorme de saída de emergência com uma bebê de 1 ano. Juntamos os brinquedos e eles ficaram um tempão entretidos. Foram pouco mais de 3 horas de vôo direto. Nunca me dou conta de quão trabalhoso é cuidar de um bebê, mas nessa ocasião, 3 pessoas diferentes comentaram algo como, nossa que trabalho. Acho que porque primeiro é muito raro uma mãe viajando sozinha com um bebê, depois nessa fase de quase 11 meses realmente o bebê demanda mais atenção e o Dimitri vem sofrendo por causa de dois dentinhos pra sair. Não sei se por isso, mas esta bastante manhoso e choroso. Sabia que não seria fácil, e por fim, foi bem tranquilo, com a sorte de ter outra bebê na mesma fase no avião.
Saí tão ansiosa do aeroporto pra ver o Mauricio e tão feliz que não tinha mala despachada, que esqueci o carrinho! No dia seguinte viemos buscar e ficou tudo resolvido.
Restaurantes:
Jantamos num restaurante português maravilhoso. Claro, comemos bacalhau. Desta vez a braz. E o Dimitri um baiao de dois, com legumes, espetacular. É curioso o tamanho do lugar, enorme. Praticamente todo o tempo que estivemos ali, foram somente nós os clientes. Me perguntei diversas vezes se vale o custo dos estabelecimentos estarem abertos, com tão poucos clientes. E são lindos os lugares.
Comemos também num gracioso restaurante de comidas típicas do Piaui, chamado Favorito : http://www.favoritorestaurante.com.br/comidatipica/ . Adoramos a decoração, além disso a área de brinquedos pra crianças foi perfeita pro Dimitri brincar enquanto esperávamos a comida ficar pronta, do jeito que pedimos, sem sal, tudo fresco, feito na hora e gostoso.
Impressões: A cidade de Teresina é limpa, cuidada, ampla, me lembra um pouco Palmas. Ela é muito plana, tem uma orla do rio arborizada que serve de pista de caminhada, corrida, bicicleta, etc, e tem muitas opções de restaurantes. A sensação é de estar numa cidade de 200mil habitantes, mas trata-se de uma cidade de quase 900. Por estar a 343 quilômetros do litoral, parece curioso que seja uma cidade tão populosa. Ficamos nos perguntando o que move a economia dali e com as pessoas que tivemos chance de conversar e perguntar, parece que grande parte da economia depende do governo. Apesar de isso não ser diferente de outros estados/ municípios, pelo menos aqui vê-se que os recursos são bem aplicados, pois no geral, pelo menos pelas partes por onde passamos, a população vive bem.
A ponte estaiada: É um destaque de Teresina e chama a atenção de qualquer um que entra na cidade. Só de passar de carro já vale o visual tanto durante o dia como a noite. Também é possível visitar o mirante com mais de 100 metros de altura de onde é possível visualizar toda a cidade de Teresina em 360° e o rio Poty.
De Teresina seguimos pro Delta do Parnaiba, passando pelo Parque das 7 cidades, que vamos contar nos próximos posts. As estradas do Piauí são surpreendentemente arrumadas e no geral as cidades bem cuidadas e limpas com um capricho que não me lembro de ter visto em minhas outras viagens ao nordeste.
Adorei a minha primeira visita a este Estado!
O melhor dos mundos 