Há poucas semanas estive todos os dias acompanhando uma delegação de executivos do governo americano, do Estado de Connecticut.
Acredito que é através de outros olhos que melhor percebemos quem somos, onde e como vivemos. São Paulo é a minha cidade, onde nasci e cresci. Hoje vivo vizinha, entre Jundiaí e Cajamar pois optei pela paz e silêncio que traz a Serra do Japi, uma área de preservação que ocupa 354 quilômetros quadrados, mas que está a apenas 25 minutos das marginais Pinheiros e Tietê que, pra quem conhece São Paulo, sabe que são vias de acesso para quaisquer lugar da cidade.
A melhor maneira de causar uma boa impressão a olhos virgens de São Paulo, é chegar ao Aeroporto de Guarulhos num final de semana, assim o trânsito flui e as paisagens verdes predominam aos barracos e favelas.
As distâncias em São Paulo são sempre grandes e em dias de pouco trânsito você pode atingir velocidades médias de 90 km/ hora, o que, somados ao risco de violência e a poluição acumulada pelo excesso de veículos, forçam as janelas dos veículos a estarem quase sempre fechadas.
Julgamos esta uma cidade como de gente séria, trabalhadora, ocupada, mas basta pedir a um
uma informação que tudo para até que o outro receba instruções, que podem não ser as melhores, mas são honestas e atenciosas. Ao contrário, no trânsito, um pequeno deslize já é motivo de estresse. Assim como em muitos lugares do mundo, o trânsito em Sp é onde as pessoas se sentem valentes, capazes, melhores que as outras e onde há pouco espaço para a compreensão e,no geral, é onde o brasileiro perde a sua cordialidade.
A avenida Paulista é linda, alegre, viva. Um local de relativa segurança onde se pode perder várias horas a observar o movimento corrido da vida de muitos e da moleza de alguns jogados aos cantos.
A agitação dos turistas e a energia dos estudantes se vê ao redor do Masp, do prédio da FIESP/Sesi, da Gazeta, Conjunto Nacional e Casa das Rosas. Esse pedaço de apenas 600 metros te fará apreciar as diferenças que traduzem bem o que é São Paulo.
