Jalapão – Dia 2 (Canions, Dunas e chegada em Mateiros)

Como tivemos que comprar passagem de volta de Pra Sp, pensar na burocracia de transporte da Zuppy, etc, conseguimos sair da pousada as 9:30, apesar de termos acordado antes das 7:00. Abastecemos o carro no posto que esta na saida da cidade pois por enquanto é o unico que fornece S10. So ali percebemos que nao tínhamos calculado o mapa no google maps nem comprado nada pra comer. Toca a gente voltar pra cidade.

Saimos finalmente de Ponte Alta às 10:00 e logo caimos na estrada TO 255, com esse nome e olhando no google maps, não daria pra dizer que seriam 160km de terra.

Chegamos em Suçuapara as 10:20. Foi fácil encontrar porque havia gente por ali e também porque tem uma placa. Você desce uma pequena trilha no meio da mata e se depara com um grande canion. Os paredões do canion parecem as paredes da moda dos restaurantes em SP, todas com jardins verticais e melhor, com pequenas fontes cujas águas escorrem bem lentamente, de forma que o som geral quando você se vê dentro dos paredões, te transporta a um estado de calma e paz imediatos. Com passos lentos, de forma a apreciar cada detalhe desta maravilha, você sente as pedrinhas e areia quase que acariciarem seus pés. Todo o ambiente é acolhedor. Como o Mauricio disse, é um lugar que gostaríamos de passar uma tarde lendo e curtindo. Mais uma vez tivemos o privilégio da paz e tranquilidade de estarmos apenas nós.
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Saimos as 10:50 e seguimos sentido Mateiros (perdemos a cachoeira do lageado e depois descobrimos que isso aconteceu com várias pessoas). As 12:15 chegamos na bifurcacao com a cacheira da velha logo apos serrinha com piso de asfalto. Seguimos sentido Mateiros e deixamos esse passeio para a volta.
Às 12:45 pegamos uma saida de umas placas pra praia. Chegamos antes das 13:00. O atendimento foi gentil. O seu Toninho e a dona Milna e sua filha Shirley ofereceram pra preparar um almoco na hora e entao fomos curtir a praia de agua doce, do rio Novo.
O almoco estava delicioso, provavelmente o melhor até aqui no Jalapão. Carne de sol, batatas fritas cortadas em cubinhos, arroz e feijao fresquinhos e salada. De sobremesa, doce de buriti. Muito bom. Pagamos R$30,00 por pessoa mais uma taxa de R$10,00 (que não foi informada quando chegamos).
Terminamos o almoço as 14:50 e fomos conhecer a segunda praia de agua doce, a Carioca. Apenas alguns minutos de caminhada e ali esta a bela praia, com cachoeira. Imperdivel se você nunca foi numa praia de água doce( que pra mim são muito melhores) e mesmo que já tenha ido, aqui ela sera só sua, e com uma cahoeirinha muito melhor que qualquer hidra massagem. Às15:50 nos despedimos do seu Toninho e Milma e tambem dos colegas que conhecemos e partimos sentido as dunas.
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Às16:45 chegamos no controle de entrada para as dunas. Pediram uma contribuicao voluntária, demos 10 reais e seguimos. Acho que ele nem viu a zuppy. Mais 5 km de estrada de areia e chegamos.
O lugar é incrivel. Uma pequena duna rodeada por vegetacao cerrana que da um toque de beleza exotica ao lugar. A zuppy se divertiu muito subindo e descendo as dunas. A areia tem cor escura alegre (tipo alaranjada ou avermelhada) e no fim da tarde de um dia fresco, estava macia e confortavel aos pes.
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Saímos as 18:00 e chegamos as 19:00 em Mateiros.
Mateiros tem várias opções de hospedagem. Escolhemos a pousada Panela de Ferro que é muito boa e para jantar nos indicaram o Rancho 21. Arroz de cuchá, frango frito e bom papo com a dona do restaurante.R$25,00 por pessoa + R$10,00 pelos sucos de Cajá e Cupuaçu.
Aprendemos que Mateiros foi criada há não mais que 20 anos, devido ao capim dourado e a arte da sua costura. Uma comunidade quilombola, chamada Mumbuca, chamou atenção do governador do Estado da época Siqueira Campos – que também foi o primeiro governador do Estado de Tocantins. Ele resolveu investir e divulgar a arte. Além do capim dourado, logo depois a região de destacou pelo eco turismo e o descobrimento das belezas do Jalapão. Por fim, em 2009 houve um tipo de reality show americano (similar ao “No Limite” brasileiro) que se passou na cidade. Com isso houve uma entrada grande de dinheiro que ajudou a cidade a se desenvolver. Ainda assim, não espere algo muito desenvolvido, trata-se de uma vila no meio do nada e que, para a sorte dos turistas, possui alguma infra pelo menos de hospedagem.

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